Uma, duas,
três, quatro, cinco.
São as
alternativas que uso para tentar transformar este vazio em espaço.
Não consigo
de maneira alguma respirar direito, nem sei o que é o ar.
Se meu
coração fosse de tijolos taparia com cimento.
Se meu
coração fosse de arreia taparia com plantas e flores.
Se meu
coração fosse de barro colocaria água límpida.
Se meu
coração fosse de madeira colocaria qualquer coisa.
Se meu
coração não existisse, não colocaria nada, não sentiria nada, não procuraria
nada, não escreveria nada.
Se estou
parando de escrever, não é por que perdi meu coração, mas, é por que me faltam
as palavras – queria perde-lo só por alguns instantes.