Quando as pessoas entram na vida de outras, seja pela porta ou pela janela, precisam de consentimentos.
Você sentou em meu banco, me fez questionamentos, sequestrou meu apresso e dei-te minha humanidade.
Eu sou um dos seres mais sensíveis e não consigo compreender como as pessoas conseguem entrar e sair das vidas com tanta frequência sem deixar-se roubar um pouco, sem se importar, sem explicação.
Prefiro ver todo dia um curioso vizinho ou uma pessoa misteriosa qualquer, que um falso estranho.
Prefiro admirar almas distantes, que vê um rosto conhecido e não ouvir sua voz chamando em algum momento por meu nome.
Ficção, artificial... Melhor viver o concreto que um passado não-presente.
Você me fez sorrir e depois desapareceste, como se fosse uma nuvem que me fez sombra e que precisou ir, mas quando voltou, não voltou!