domingo, 4 de dezembro de 2011

Escol no desejo


Senta-se a minha direita
E deixa-me sentir tua presença
Senta-se defronte mim
E deixe-me que padeça

Olhe nos meus olhos
Depois de alguns minutos
Depois de outros minutos
Retribuirei

Te devorarei com meus olhos
Cada milésimo de milésimo de segundo
Se permitais que eu vá mais longe ou perto,
Morrerei antes que a pupila se adapte

A prova que me prova
Já não pertence a mim
Pertence a ninguém
Já nem preciso

Nem sou mais eu
O eu menos do que nunca
Sou a potencia de mim
Sou preposição conjugada




Sou parede silenciosa
Úmida ou fúnebre
Sou matuto do amor
E escol no desejo.


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