Vagarosamente
e paulatinamente, meus olhos me enganam e fogem de mim, arrastando-me para a
luz.
Contemplo
insistentes cadáveres vivos a bailar por minha fronte, desejo instantaneamente apoderar-me
de cada um.
Grito
altamente com meus gestos corporais, desejo atirar-me a baixo, mas nem olhares
obtenho.
Quando o
sereno chega continuo eu estagnado e estupefato pelas minhas frustrações, porém
observo cadáveres vivos a bailar pelos edifícios.
Com as luzes
apagadas desejo fugir da carne e voar até eles. Mas meu esforço é fugaz.
O que
me resta é alienar-me ás torturas da imaginação e permanecer perene.
Enquanto
isso, forço meus pés a andarem em sentido antagônico e desconfortável, ao mesmo
tempo em que vejo reflexos turvos antes não vistos.
Era mais um cadáver, porém, morto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário