sexta-feira, 14 de maio de 2010

A PROCURA DE MIM MESMO






Com a faca e o queijo na mão, prefiro deixar para os ratos.
A um passo do abismo, corro na direção da nuvem mais distante.
Só junto às lembranças do passado que não vivi.
Insensível com minhas dores, sofro pelas lagrimas que nunca querem cair.

Exausto, não quero mais correr.
A procura de algo que não senti.
Não quero dar asas aos meus desejos.
Não quero iludir meus sentimentos.

Sinto saudades de meu passado de mágoa e angústia.
Pois a felicidade estava em minha solidão.
Eu odiava a tudo e a todos.
E nessa hora tinha mais tempo pra mim.

Ai, minha alma sente-se mal.
Não sei o porquê.
Será que alguém sabe?
Devo perguntar a quem?

É que eu poderia tá lá em vez de está neste lugar nenhum.
Não posso aproveitar minha vida.
Se sempre que eu vou ao encontro dela.
Ela foge com medo de minha face satisfeita.

Meus anseios me matam.
Mais é preciso sonhar.
Minhas verdades são invalidas.
É necessário renovar.

Que música linda parece comigo.
-Ela fala de morte. E daí?
Só sei que ela faz me sentir.
É tão bom me encontrar!

É talvez agora eu ache ter me encontrado.
Mas a música é mera letra e melodia.
Não posso me enganar não posso prender-me a isso.
Sei que esse trabalho é mais difícil.

Como faço pra chegar a este endereço?
Avenida das emoções, número 001.
Rua das sensações.
Zona norte de mim próprio.

É muito difícil de encontrar - disse ele.
Falou que era melhor eu desistir.
Não desisti.
Porém procuro até hoje.

Há encontrei.
Não errei de endereço.
Isso acontece todo dia.
Embarro em sentimentos alheios.

Talvez quando menos esperar.
Encontro a avenida e a rua.
Ai quem sabe eu ache.
Esta pessoa que me mata de tanta curiosidade.

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