quarta-feira, 20 de maio de 2015
FOLHAS SECAS
Quando te tinha, não imaginava que um hoje pudesse vir e se comportar de modo assim tão estranhamente, refutando sonhos.
terça-feira, 19 de maio de 2015
Cores tantas cores...
Se faz criança, mas não sorri. Careceu-se um tanto de si!
Pobre Intecessor, vítima de tantos pedidos, que se fizeram um só quando
pediste
abade de um subjetivo iminente que tanto fez, menos o eminente.
abade de um subjetivo iminente que tanto fez, menos o eminente.
Maldito que se vestiu de luz, beleza, prada! Pensamento súbito que,
quando vem,
sega, sangra, e de tudo, não o mata!
sega, sangra, e de tudo, não o mata!
Carregaste-o e o deixaste vir sem a vida que o acalenta.
E tanto que
falar-se-ou para não tê-lo trazido.
Salienta-se no vazio: "Há cores em tudo, há cores tão belas.
Cores,
tantas cores estão. Então cadê elas?
Chão, paredes, não as vejo, só vejo as da
janela: Cinza-escuro, tons grafite, marrom
tusco, tons de canções sem a mesma...
tusco, tons de canções sem a mesma...
Sem gestos, sem rimas, com pontos, sem
palavras..."
CARTA À POPULAÇÃO GUIMARANTINA
Caríssimos
irmãos...
Venho
através desta, defender-me e
justificar-me diante das
inúmeras acusações e, infelizmente, ofensas, que ando recebendo desde quando
tomei a decisão de afastar-me do cargo que tão honrosamente recebi pela mais
legitima ação democrática.
À princípio, quero agradecer e ofertar, de modo um
tanto exagerado, a minha
imensurável gratidão pela confiança depositada em mim, dada
no intuito de assumir a
responsabilidade de cuidar do nosso mais nobre povo,
garantindo a realização
de políticas-públicas da forma mais correta
possível nesta nossa cidade de Guimarães.
Muito me doem estas
palavras, que se
debruçam em despedida, pois nunca
fora meus planos
deixar aquilo que, por maior
parte da minha vida, tem sido a minha luta, o meu
maior sonho. Foi difícil, irmãos, chegar até
aqui. E digo que, apesar
de tudo, ainda levo em
minha história e pensamento a política como minha
vocação, inclinação e minha
maior riqueza.
Tudo que
oferto em palavras, vêm demostrar minha visão, valores e postura. Não consigo
unir a política aos maus que dela se aproximam quando ela se veste de má
humanidade. Para mim a
política é de aspecto divino e devemos respeita-la e seguir de
forma mais coesa as suas diretrizes.
Pois bem,
quase ia esquecendo-me do foco
principal desta carta.
Por que
estou abandonando o meu cargo de vereador?
Há tempos ando sendo perseguido,
porém através de ofertas um tanto agradáveis. Viriam-me
sem muitos esforços garantindo a mais perfeita comodidade.
Sim companheiros, fui convocado a
participar da maldita arte da politicagem. Mas não fui convencido e nem
ludibriado a esta.
Não
conseguiria tomar para mim sequer um real se este
fosse do dinheiro que se destinaria a um bem
comum. Não conseguiria tomar para mim uma moeda, sem imaginar que esta poderia ser
o pão que faltara na mesa de alguma
família pobre de nossa redondeza.
Dessa forma,
prefiro procurar outra profissão do que ter que
sujar as minhas mãos e assim também sujar minha
dignidade e a honra de minha família.
Tinha muitos
projetos e intenções, mas me sinto completamente sem forças diante de tudo
isso. Não tenho condições de
lutar em duas guerras ao mesmo tempo: a necessidade do meu povo e a corrupção.
Não tenho
medo que estas palavras me levem a morte, pois sei que conheço homens
corrompidos, mas não assassinos. Não citei nomes e garanto a vocês que lá ainda
há boas pessoas que são dignas de tamanha responsabilidade, mas quanto a mim, como
já foi dito, lavo as minhas mãos.
Espero que
eu possa voltar e, quando
voltar, possa
participar de uma política melhor, onde respeitem os princípios da política
verdadeira a qual eu sigo.
Não
estranhem o meu linguajar, tanto me esforcei para falar palavras bonitas,
agradeço ao meu filho que me acompanhou na escrita deste discurso. Sou igual a
você irmão: caboclo sonhador e trabalhador.
Agora como
mero espectador da política do nosso município, resta a mim rezar e
lutar junto a todos, em busca de
uma Guimarães melhor.
Meu muito
obrigado!
Sr. Manoel Patrocínio
Ferraz da Silva
Autor: Heriton Vinícios S. Silva.
Texto baseado em fatos reais. História, personagem, cargo e
localização reais.
domingo, 12 de abril de 2015
Está ali, mas não voltou
Quando as pessoas entram na vida de outras, seja pela porta ou pela janela, precisam de consentimentos.
Você sentou em meu banco, me fez questionamentos, sequestrou meu apresso e dei-te minha humanidade.
Eu sou um dos seres mais sensíveis e não consigo compreender como as pessoas conseguem entrar e sair das vidas com tanta frequência sem deixar-se roubar um pouco, sem se importar, sem explicação.
Prefiro ver todo dia um curioso vizinho ou uma pessoa misteriosa qualquer, que um falso estranho.
Prefiro admirar almas distantes, que vê um rosto conhecido e não ouvir sua voz chamando em algum momento por meu nome.
Ficção, artificial... Melhor viver o concreto que um passado não-presente.
Você me fez sorrir e depois desapareceste, como se fosse uma nuvem que me fez sombra e que precisou ir, mas quando voltou, não voltou!
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